Foto e biografia: https://eliasfdourado.wordpress.com/sobre
ELIAS DOURADO
( BRASIL – DISTRITO FEDERAL )
Elias Dourado tem 26 anos e é Mestre (2021) e Licenciado (2019) em filosofia pela Universidade de Brasília.
Atualmente é doutorando em comunicação pela UnB. Suas principais áreas de interesse são: fenomenologia, hermenêutica, genealogia e metafísica.
Aos 18 anos iniciou Os Tempos Cerrados, livro com 200 sonetos apoiado por edital do Fundo de Apoio à Cultura do DF.
Foi publicado digitalmente em 2016, com ISBN e ficha catalográfica. Em breve será impresso. Em 2022 publicou digitalmente o romance Os imutáveis, também contemplado pelo FAC/DF, a ser impresso. Traduziu 190 filmes para o portal MakingOff e é conselheiro do site.
Violinista pela Escola de música de Brasília. Publicou artigos científicos em periódicos como a Revista Portuguesa de Filosofia, Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, entre outras.
DOURADO, Elias. Os Tempos Cerrados. Ilustração Lucas Marques.
Prefácio de Fernando de Mendonça., Brasília, DF: Ed. Do Autor / Fonteles Editora, 235 p. ISBN 978-65-00-80289-4
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
[O presente livro apresenta os poemas em quatro seções: METAFÍSICA, ONTOLOGIA, EXISTENCIALISMO e ÉTICA, e selecionamos um poema de cada para a presente página em nosso Portal:]
O autor do livro ELIAS DOURADO, Antonio Miranda e Nildo
no lançamento do livro no Beirute da Asa Sul.
OS TEMPOS CERRADOS I.
De tempos em tempos, vens e vais
Invernos chegam, outonos passam
As horas voam, os homens colapsam
Filhos das quatro estações mentais
Metafísica, ontologia, existência e ética
Segredos, objetos, unidades, decisões
Aspectos vivos em todas as gerações
Caminhos da maturidade estética.
Há um limiar, a mais rígida propriedade
Nascemos marcados pelo terror da idade
Que avante marcha como os soldados
Vai sem parar, incessante dimensão
Ser humano — não pereça ante a prisão
Supera o limite dos tempos cerrados!
IMAGENS DO FUTURO
Inl determinado é o futuro
Estrada sem fim ou início
Templo e altar de sacrifício
De passado tão inseguro!
São as imóveis estruturas
Que movimentam o ser humano
Prédios, terrenos — todo ano
Fazem dos seres criaturas
Em um tempo muito distante
O homem vagará — errante
Sem dados ou mensagens
Será o futuro presenciado
Que como um espelho quebrado
Reflete múltiplas imagens!
A ARANHA (OU A IMAGINAÇÃO)
Lentamente sobe a parede
Para achar um significado
Ao mundo tão privado
De sua limitada rede
Há um dia não se alimenta
Pensou estará enferrujada
Pasma! Fica emocionada
Surge a comida suculenta
Assim é nossa imaginação
Um dia funciona, outro não
Caçamos um belo objetivo
Tecemos teias de palavras
Pois estas libertam as travas
Do poderoso gênio criativo!
MISTÉRIO INDIZÍVEL
Estudo os axiomas da ciência
Sob a luz pálida de uma vela
Subitamente, ouço pela janela
A voz interior da consciência
Dominei os mais variados dados
Das expressões últimas da natureza
Da vida, contudo, em sua incerteza
Não adquiri tantos resultados
Por vários anos vi estruturas
Agora, sinto as rachaduras
Ruírem meu ser inabalável
Viva a ciência, mas também as artes
Cada área complementa as partes
Do indizível mistério interminável!
OS CRISTAIS
Desceram dos céus, imponentes
Sob o fogo pálido da aurora
Chegaram ao solo, sem demora
E impressionaram os presentes
“Serão alienígenas?”, pensaram
O serviço secreto logo chegou
— Vão embora, a festa acabou
Os curiosos se afastaram
Eram seres dentro de cristais
Criaturas insólitas, colossais
Origem de nossa humanidade
Quando descobriram a panspermia
Quebraram tudo, diziam em alegria:
— Mais vale a crença que a verdade!
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Página publicada em fevereiro de 2024.
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